Quem encara o caminho mais difícil na reta final do Brasileirão?
Faltando 11 rodadas para o término do Brasileirão 2024, uma análise detalhada revelou como cada time da Série A vai precisar suar a camisa diante do nível dos seus próximos adversários. A surpresa é que o Palmeiras, mesmo liderando a competição, terá pela frente a série de jogos mais complicada, enquanto outros rivais de peso conseguem respirar um pouco mais aliviados na tabela.
Segundo os números, o time de Abel Ferreira tem pela frente confrontos contra adversários donos, em média, de 51% de aproveitamento nos pontos. Essa média não é pouca coisa. Para se ter ideia da dificuldade: dentro de casa, o Verdão pega o Botafogo, que apresenta um excelente desempenho fora (60% de aproveitamento). Já fora dos seus domínios, encara o Corinthians (56% em casa) e o Cruzeiro, que ostenta incríveis 74% de aproveitamento como mandante. Ou seja, se depender do calendário, o Palmeiras realmente vai precisar mostrar tudo o que pode nessa reta decisiva.
O caminho do Botafogo, seu principal rival na disputa pela taça, é mais suave: enfrentará adversários e jogos com aproveitamento médio de 44%. Entre os duelos, o destaque vai para partidas contra o Athletico-PR (42% jogando em casa) e justamente contra o Palmeiras fora de casa, quando o Verdão mostra força máxima (74%). Para os botafoguenses, é uma chance real de continuar somando pontos decisivos, especialmente por aproveitar o fator casa em jogos-chave.

Libertadores e rebaixamento: quem leva vantagem?
Correndo por fora, mas de olho numa vaga na Libertadores, o São Paulo encara uma realidade favorável: seus adversários têm, em média, apenas 43% de aproveitamento. O Tricolor, por exemplo, pega o Corinthians em campo neutro (os corinthianos vencem só 14% das partidas fora) e visita Vasco e Vitória, que também têm desempenho pífio como mandantes (28%). Essa combinação pode colocar o São Paulo na briga continental sem grande sufoco.
Outros nomes aparecem fortes na disputa pela Libertadores, segundo o ranking: Fortaleza e Flamengo, que também contam com agendas menos pesadas e estão grudados na parte de cima da tabela.
Na parte de baixo, a situação é mais dramática para clubes como Criciúma (terceira pior tabela, com 49%) e Grêmio junto com Athletico-PR (ambos com média de 46%). Para esses times, a permanência na Série A vai depender de arrancadas heroicas contra adversários complicados nas próximas semanas.
Em contrapartida, quem busca respirar e se afastar de vez da zona de rebaixamento está comemorando seus próximos compromissos: Vitória, Fluminense e Corinthians vão pegar oponentes que, em média, conquistam apenas 42% a 44% dos pontos. Isso pode ser o empurrão que faltava para se estabilizarem na elite do futebol brasileiro.
- Palmeiras: agenda mais difícil, principalmente fora de casa
- Botafogo: aproveita vantagem de jogar mais em casa
- Atlético-MG: segunda sequência mais pesada entre os favoritos
- São Paulo: caminho mais leve entre os postulantes à Libertadores
Se observamos os detalhes, o fator casa faz toda diferença. O Palmeiras vai encarar as partidas fora mais exigentes, enquanto o Botafogo, com uma boa quantidade de jogos em casa, pode tirar proveito disso e tentar ultrapassar o líder na tabela. Os números podem não ganhar jogo, mas apontam um cenário de emoções fortes até a rodada final.