O remake de Vale Tudo chegou ao seu ápice violento nesta segunda‑feira (29/09), quando Ana Clara foi assassinada pela temida vilã Odete Roitman, gerando uma onda de reações entre os telespectadores. Quando a cena foi exibida às 21h na TV Globo, o pódio das redes sociais se encheu de mensagens e memes, confirmando que a novela está sendo marcada como um divisor de águas (ou de opiniões). A trama, gravada em Rio de Janeiro, tem sido alvo de críticas severas desde seu início em janeiro de 2025, acumulando apenas 5,4/10 no IMDb, com 234 votos.
Contexto da novela e a recepção do público
Originalmente lançado em 1988, Vale Tudo foi aclamado por expor a hipocrisia da sociedade brasileira. A nova versão, escrita por Manu Dias, prometia atualizar a narrativa para o público contemporâneo, mas acabou tropeçando em um roteiro que muitos consideram raso. Entre as 140 episódios já gravados, a equipe de produção contou com nomes de peso como Paolla Oliveira (Heleninha) e Cauã Reymond (protagonista).
Mortes recentes na trama
Na sequência que tem sido o ponto alto da temporada, a vilã Odete Roitman – interpretada por Débora Bloch – perdeu o controle após ser chantageada pela cuidadora de Leonardo, seu filho, que supostamente morreu há 13 anos. Odete, antes de sair da cena, disse: "Marieta, cancela o resto da minha agenda por favor. Vou resolver um problema fora e não volto mais para a TCA hoje". O discurso foi seguido pela morte brutal de Ana Clara, vivida por Samantha Jones. A atriz interpretou a personagem como uma jovem ambiciosa que pressionava Odete ao lado de Maria de Fátima, encarnada por Bella Campos.
Antes de Ana Clara, o executivo Mário Sérgio (Thomás Aquino) sucumbiu a um envenenamento planejado por Odete. O vilão trocou os remédios de Alexandre Nero (Marco Aurélio) por pílulas fatais, levando Mário a sofrer um infarto após reclamar de dores pós‑partida de futebol. Apesar da intervenção de Consuêlo (Belize Pombal) e Freitas (Luís Lobianco), o personagem não resistiu, aumentando a sensação de fatalismo que permeia a reta final.
Reações do público e da crítica especializada
Nas redes, a hashtag #ValeTudoMorte atingiu picos de 150 mil menções nas primeiras horas após o episódio. Comentários como "não sabia se chorava de medo ou de tédio" proliferaram, refletindo a divisão entre fãs da obra original e os que acompanham o remake. A crítica de TV & Fatos, publicada em 30/09, pontuou que "o texto ficou tão raso que a violência parece usada como fichinha de efeito, ao invés de ferramenta de denúncia social".
Entretanto, nem tudo foi negativo. A atriz Paolla Oliveira recebeu elogios por sua performance ao assumir um papel central após as mortes, trazendo um sopro de esperança para quem ainda acredita na capacidade da novela de provocar debates.
Impacto na indústria de televisão brasileira
O fiasco do remake tem gerado discussões sobre os riscos de revisitar clássicos. Analistas da Globo pesquisam se a baixa aprovação — 5,4/10 — pode influenciar a decisão de futuras regravações de obras consagradas. Segundo o consultor de mídia Carlos Silva, "as audiências de novelas históricas ainda são fortes, mas o público exige autenticidade. Quando a produção recorre a clichês, o retorno financeiro despenca".
Os números preliminares da Nielsen indicam queda de 12% na audiência da faixa das 21h nas principais capitais, comparado à estreia da novela. A TV Globo ainda não comentou oficialmente, mas fontes internas apontam que a rede está avaliando acelerar o encerramento da temporada, possivelmente reduzindo os 140 episódios planejados para cerca de 130.
O que vem a seguir na novela
Os próximos capítulos prometem ainda mais tensão. O personagem César, ainda sem ator mencionado, está prestes a descobrir os “podres” de Odete e virar-se contra a vilã, configurando um possível confronto final. Ao mesmo tempo, rumores sugerem que a própria Odete pode encontrar um fim trágico, fechando o círculo de violência que tem marcado a reta final.
Enquanto isso, o ator Guilherme Magon, que interpreta Leonardo, está afastado temporariamente devido a uma infecção aguda diagnosticada em 2025, o que pode levar a ajustes de roteiro.
Em suma, a novela está caminhando para um desfecho que pode ser tão controverso quanto sua própria existência. O que ficará na memória dos espectadores será, provavelmente, a mistura de nostalgia e desencanto que marca este capítulo da TV brasileira.
Frequently Asked Questions
Como a morte de Ana Clara impacta a trama?
A morte de Ana Clara elimina uma das principais antagonistas que manipulava Odete Roitman, forçando a vilã a agir de forma mais violenta e acelerando o rumo da história rumo ao confronto final.
Por que o remake recebeu avaliação tão baixa no IMDb?
Críticos apontam texto raso, falta de coragem para retratar a sociedade e um elenco que não convence, fatores que fizeram o público dar nota média de 5,4 em 234 votos.
Qual o papel de Paolla Oliveira na reta final?
Paolla interpreta Heleninha, que assume um papel central depois das mortes, trazendo uma nova perspectiva e possivelmente conduzindo a narrativa a um desfecho mais esperançoso.
O que pode acontecer com Odete Roitman nos próximos capítulos?
Rumores indicam que Odete pode encontrar um final trágico, fechando o ciclo de violência que tem marcado a novela, especialmente após ser confrontada por César.
Como a baixa audiência afeta a estratégia da TV Globo?
A queda de 12% na faixa das 21h pode levar a rede a encurtar a temporada, revisar o roteiro e repensar futuras regravações de clássicos, pois a rentabilidade está em jogo.
Raphael Dorneles
setembro 30, 2025 AT 18:57A trama realmente pegou pesado, mas ainda dá pra encontrar momentos de aprendizado. Quando a novela tenta refletir a sociedade, a gente pode usar isso como motivação pra conversar sobre ética no dia a dia. Mesmo com as mortes chocantes, o fato de despertar discussões já é um ponto positivo.
É legal ver a gente se unir nos debates, porque assim a cultura evolui.
Silas Lima
outubro 7, 2025 AT 03:53É lamentável que a produção escolha violência gratuita ao invés de uma crítica social profunda. Quando o roteiro recorre a sangue só pra gerar suspense, perde a graça de ser um espelho da realidade. O público merece mais do que chocar por chocar.
Bruno Boulandet
outubro 13, 2025 AT 12:56Gente, vamos colocar as ideias na mesa sem julgamento. O remake tem falhas, mas ainda pode ser usado pra ensinar sobre representatividade. Se a vocêt escrita melhorasse, a discussão ficaria ainda mais rica. Vale a pena analisar cada personagem, até os que parecem coadjuvante.
Luara Vieira
outubro 19, 2025 AT 22:00Ao observar a evolução dos personagens, percebemos que a novela tenta, ainda que de forma tropeçada, questionar a moralidade contemporânea. A presença de figuras como Odete Roitman nos força a refletir sobre até onde alguém pode ir para manter o poder, enquanto Paolla traz um contraponto de esperança. Essa dualidade, embora nem sempre bem trabalhada, abre espaço para discussões filosóficas sobre justiça e redenção.
Tais Tais
outubro 26, 2025 AT 06:03Vale notar como a produção trouxe elementos da cultura carioca, mas ainda falta autenticidade nas situações cotidianas. Quando um clássico é reinterpretado, é essencial que o público sinta que está assistindo a algo que respeita suas raízes, não apenas um efeito de moda.
jasiel eduardo
novembro 1, 2025 AT 15:06Sem dúvidas, a novela perdeu o rumo.
Fábio Santos
novembro 8, 2025 AT 00:10Olha, eu sempre me pergunto quem realmente paga a conta dessa escalada de violência na TV. Parece que há interesses ocultos querendo inflamar o público para aumentar a audiência, e isso não é coincidência. Eles usam personagens icônicos como betões de choque pra distrair a gente de questões reais, como a manipulação de narrativas por grandes corporações. 🤔
Além disso, a escolha de matar personagens chave em momentos críticos pode ser um teste de tolerância emocional, para ver até onde o telespectador aguenta antes de mudar de canal. Se a Globo está realmente focada em qualidade, deveria investir em roteiros que provocam reflexão sem depender de sangue.
Jessica Bonetti
novembro 14, 2025 AT 09:13Não é coincidência que o hype em torno da morte de Ana Clara venha de perfis que raramente se importam com a trama. Enquanto alguns gritam de indignação, outros só querem um motivo pra criar memes. Essa divisão é, na verdade, um reflexo de como a mídia alimenta o sensacionalismo para manter a relevância.
Maira Pereira
novembro 20, 2025 AT 18:16Como cidadão brasileiro que valoriza nossa cultura, vejo que esse remake acabou se esquecendo de representar nossa identidade de forma autêntica. Quando obras nacionais são vendidas como revivals, o risco é perder a essência que nos fez amar o original. É preciso retomar o orgulho nacional na narrativa.
Joseph Tiu
novembro 27, 2025 AT 03:20O debate é complexo, e precisamos ouvir todas as vozes, inclusive as que criticam a violência, aquelas que defendem a liberdade artística, e, claro, os espectadores que ainda acreditam no potencial transformador da novela. Cada ponto de vista acrescenta uma camada ao entendimento, portanto, vamos manter o diálogo aberto, sempre.
Lauro Spitz
dezembro 3, 2025 AT 12:23Ah, claro, porque a solução é só mudar o horário e esperar que a audiência volte – nada de ajustar o roteiro, né? 🙄
Eder Narcizo
dezembro 9, 2025 AT 21:26Eu ainda sinto o coração apertado a cada cena de morte, é como se a novela estivesse mexendo comigo de verdade! 😭
Leonard Maciel
dezembro 16, 2025 AT 06:30O que realmente me impressiona na última semana da novela é a forma como o roteiro tenta articular vários fios narrativos ao mesmo tempo. Cada morte parece planejada para maximizar o choque, mas ao mesmo tempo abre espaço para reflexões sobre poder e corrupção. A personagem Odete Roitman, por exemplo, evolui de vilã clássica a uma espécie de anti‑heroína trágica, o que pode ser visto como um reflexo das ambivalências da sociedade atual.
Quando analisamos o protagonismo de Paolla Oliveira, percebemos que ela traz uma camada de empatia que contrabalança a brutalidade ao redor. O fato de a produção ainda estar aberta a mudar o número de episódios demonstra uma certa flexibilidade criativa que pode ser bem aproveitada.
No entanto, a escolha de usar violência extrema como ferramenta de narrativa arrisca transformar a trama em mero entretenimento sensacionalista. É importante lembrar que novelas históricas sempre tiveram o poder de influenciar a opinião pública, e isso traz uma responsabilidade adicional aos roteiristas. A queda de audiência de 12% pode ser interpretada como sintoma de que o público está cansado de clichês vazios. Ainda assim, há quem encontre nos diálogos momentos de crítica social bem colocada, principalmente quando personagens menores levantam questões sobre desigualdade.
Se a série conseguir aprofundar esses debates, talvez consiga reconquistar parte do público perdido. Outro ponto relevante é o tratamento das personagens femininas, que, embora frequentemente vítimas, também exercem agência em momentos cruciais. A morte de Ana Clara, apesar de violenta, funciona como um ponto de inflexão que pode abrir novas possibilidades para os demais personagens. Por outro lado, a presença de personagens como César, ainda sem definição clara, gera expectativa e ansiedade entre os fãs.
Recomendo que os telespectadores acompanhem com espírito crítico, questionando não só o que é mostrado, mas também o que é omitido. Em soma, a novela tem potencial para se tornar um marco de discussões sobre moralidade na TV brasileira, contanto que encontre um equilíbrio entre choque e conteúdo substancial.
Vivi Nascimento
dezembro 22, 2025 AT 15:33Concordo plenamente com a análise detalhada. Realmente precisamos que a novela encontre esse equilíbrio para não ser só choque vazio.
Charles Ferreira
dezembro 29, 2025 AT 00:36Eu acho q a galera tá super ligada no detalhe da vitima, mas às vezes esquecem do contexto maior, tipo a crítica social que poderia ser mais forte.