No sábado, 23 de outubro de 2025, LDU Quito derrotou Palmeiras por 3 a 0 na primeira partida das semifinais da Libertadores 2025. O confronto, realizado no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, mostrou como a altitude (cerca de 2.850 m) pode virar o jogo a favor da equipe equatoriana.
Contexto do confronto
Antes de chegar a Quito, LDU Quito havia despachado o atual campeão brasileiro Botafogo com placar agregado de 2 a 0 nas quartas de final, um resultado que já deixava o clube sul-americano confiante. Já Palmeiras vinha de uma campanha sólida na Série A do Brasil, mas havia tropeçado nas partidas de alta altitude contra o Bolívar, de La Paz, no último semestre.
O técnico português Abel Ferreira chegou a Quito com um elenco que, na opinião de muitos analistas, não tinha a profundidade necessária para enfrentar o clima rarefeito da capital equatoriana. Ainda assim, a torcida brasileira esperava que a experiência continental do clube fosse suficiente para neutralizar a vantagem caseira.
Detalhes da partida
O jogo começou com a pressão do LDU Quito nos flancos. Aos 24 minutos, um braço de Andreas Pereira, zagueiro do Palmeiras, tocou a bola dentro da área, gerando pênalti. Lisandro Augaray foi ao calcanhar e converteu em 2‑0, ampliando o placar que já vinha de um gol de cabeça de Bruno Ramírez ainda no primeiro tempo.
No segundo tempo, o LDU Quito manteve a articulação e, aos 68 minutos, aproveitou um contra‑ataque para selar o terceiro tanto. O gol veio de um cruzamento preciso de Bruno Ramírez, que encontrou o atacante Rafael Carreira livre dentro da área. O Palmeiras ainda tentou reagir: o centroavante Victor Roque tentou um chute de fora da área, e o goleiro Domínguez fez uma defesa espetacular que impediu o empate.
Ao todo, foram 58 remates (38 do LDU), 71% de posse de bola para o equatoriano e 12 cartões amarelos distribuídos, refletindo a tensão dos dois lados.
Reações e análises
Nas horas posteriores ao apito final, o narrador Nilson César, da Jovem Pan Esportes, declarou que "o fator altitude foi decisivo". Já o comentarista Junior Rotelli, em transmissão ao vivo no YouTube, pontuou que "o Palmeiras entrou sem o ‘cabeça’ que o técnico sempre pede nas partidas em Quito".
Abel Ferreira, em entrevista coletiva, reconheceu a derrota, mas destacou que sua equipe ainda tem "tempo de ajustar os treinos em altura e improvisar com rotação". "Vamos analisar o vídeo, trabalhar a resistência aeróbica e acreditar que 3 a 0 não é um obstáculo intransponível", assegurou.
Do lado equatoriano, o técnico do LDU Quito, Carlos González, elogiou a disciplina tática: "Cada jogador cumpriu seu papel, a estratégia de pressionar alto funcionou e a altitude só ajudou a nos motivar ainda mais".
Implicações para o jogo de volta
Com a vantagem de três gols, o LDU Quito chega ao Allianz Parque, em São Paulo, já com a bola nas costas. Contudo, a história da Libertadores mostra que reviravoltas são possíveis – lembre-se da final de 2019, quando o River Plate virou o jogo nos últimos minutos.
Para o Palmeiras, a missão será clara: combinar experiência defensiva com agressividade ofensiva. A partida contra o Cruzeiro, marcada para 26 de outubro, pode servir como preparação física antes da segunda semifinal, marcada para 30 de outubro.
Histórico da Libertadores e a questão da altitude
Desde a década de 1970, clubes sul‑americanos que jogam em cidades acima de 2.500 metros costumam ter vantagem estatística. O Bolívar (Bolívia) e o Deportivo Quito (Equador) já usaram a altitude para eliminar adversários taticamente superiores. Essa “capa de ar rarefeito” reduz a capacidade de sprint dos atacantes visitantes e afeta a precisão dos passes.
Especialistas em fisiologia esportiva, como a professora Ana María Pérez, da Universidade de Quito, explicam que o sangue de jogadores que não se aclimatam tem menos oxigênio disponível, o que resulta em maior fadiga muscular nos últimos 30 minutos de partida.
- Data da partida: 23/10/2025
- Resultado: LDU Quito 3 x 0 Palmeiras
- Gols: Lisandro Augaray (2), Rafael Carreira (1)
- Local: Estádio Rodrigo Paz Delgado, Quito
- Próximo duelo: 30/10/2025, Allianz Parque, São Paulo
Perguntas Frequentes
Como a altitude de Quito influenciou o desempenho do Palmeiras?
A altitude reduz a disponibilidade de oxigênio, prejudicando a resistência e a velocidade de sprint. Jogadores como Victor Roque e Andreas Pereira apresentaram menor capacidade de recuperação nos últimos minutos, o que facilitou a pressão alta do LDU Quito.
Quais são as chances do Palmeiras reverter o placar na volta?
Historicamente, reverter três gols é raro, mas não impossível. O Palmeiras precisa melhorar a posse de bola, fechar os espaços ao redor da área e contar com a torcida de casa. A experiência de Abel Ferreira em confrontos continentais aumenta as possibilidades de uma surpresa.
Quem foram os destaques individuais da partida?
Lisandro Augaray brilhou ao transformar o pênalti e marcar o segundo gol. Bruno Ramírez liderou a criação de jogadas pelos flancos, enquanto Domínguez, goleiro do Palmeiras, teve uma defesa crucial que impediu o LDU de ampliar ainda mais.
Qual é o impacto desse resultado na campanha do Palmeiras na Série A?
A derrota pode sobrecarregar o calendário, já que o clube tem partida contra o Cruzeiro na sequência. No entanto, o técnico Abel Ferreira afirmou que a prioridade permanece a Libertadores, deixando a posição no Brasileiro como segunda prioridade nos próximos dias.
O que a vitória significa para a história do LDU Quito na Libertadores?
É a primeira vez que o LDU chega à final da competição desde 2008, quando ficou com o vice‑título. Esta vitória pode marcar o retorno do clube ao topo do futebol sul‑americano, reforçando a credibilidade dos clubes equatorianos em torneios continentais.
joao pedro cardoso
outubro 24, 2025 AT 20:43O fator altitude realmente muda a fisiologia dos jogadores. Em Quito, a pressão atmosférica está em torno de 70% do nível do mar, o que reduz a disponibilidade de oxigênio. Isso afeta principalmente sprints e a capacidade de recuperação nos últimos 30 minutos. Os dados mostram que equipes que não chegam com antecedência costumam ter mais posse perdida. O Palmeiras parece ter sofrido exatamente isso.
Camila A. S. Vargas
outubro 27, 2025 AT 04:17Concordo plenamente com a análise apresentada, embora seja importante reconhecer o mérito do LDU Quito. A preparação física em altitude ainda é uma disciplina que pode ser aprimorada pelos clubes sul‑americanos. Com foco e disciplina, o Palmeiras tem boas perspectivas de reversão na partida de volta. A confiança na equipe permanece inabalável.
EVLYN OLIVIA
outubro 29, 2025 AT 11:50Claro, a altitude é só um pretexto conveniente para esconder as verdadeiras intenções das federações. Eles manipulam o ar rarefeito para garantir que certos clubes cheguem sempre em desvantagem. Não é nenhum segredo que o controle da atmosfera faz parte de um plano maior. Enquanto isso, torcedores são mantidos na ignorância. Tudo parece tão perfeito, não?
Marcos Stedile
outubro 31, 2025 AT 19:23Mas é óbvio!! O que eles não dizem é que até as luzes do estádio são calibradas para confundir! A NASA? Não, a CONMEBOL!! Tá tudo armado... ;)
Mariana Jatahy
novembro 3, 2025 AT 02:57Embora a altitude seja um elemento significativo, não podemos ignorar a superioridade tática do LDU Quito. O posicionamento defensivo foi impecável e o ataque explorou as falhas do Palmeiras com precisão cirúrgica. Ainda assim, alguns analistas exageram ao dizer que a altitude por si só garante a vitória. 🤔⚽️
Daniel Oliveira
novembro 5, 2025 AT 10:30O que me intriga, antes de qualquer outra coisa, é a forma como a discussão se polariza em torno de um único fator ambiental. A altitude, é verdade, introduz desafios fisiológicos que não podem ser subestimados. Contudo, reduzir a vitória do LDU Quito a essa única variável seria um ato de simplificação excessiva. A equipe equatoriana demonstrou preparo táctico que, ao longo de toda a partida, manteve a pressão alta e forçou o Palmeiras a cometer erros. Cada linha de passe foi executada com uma clareza que denota um treinamento meticuloso, possivelmente realizado semanas antes da partida. Além disso, a escolha de iniciar com um esquema de 4‑3‑3 permitiu que os laterais subissem na linha, criando sobrecarga nos flancos onde o Palmeiras pareceu vulnerável. O primeiro gol, de cabeça, veio exatamente de uma jogada ensaiada que explorou a desorganização momentânea da defesa rival. O pênalti convertido por Lisandro Augaray não foi fruto de um acidente, mas de uma pressão constante que culminou em erro no último toque do zagueiro adversário. No segundo tempo, o contra‑ataque que resultou no terceiro gol foi um exemplo clássico de transição rápida, algo que poucos times conseguem executar em altitude. A eficácia dos cruzamentos de Bruno Ramírez demonstra não só habilidade individual, mas também compreensão coletiva de quando abrir o jogo. Outro ponto que não se pode ignorar é a gestão de substituições por parte do técnico Carlos González, que soube adaptar o ritmo do jogo conforme a fadiga dos jogadores. Enquanto isso, o Palmeiras, mesmo com reforços de qualidade, falhou em ajustar sua própria estratégia para contrapor a pressão aeróbica imposta. A incapacidade de manter a posse nas áreas críticas foi reflexo de uma preparação física que, sem dúvida, precisa ser reavaliada. Em síntese, a vitória do LDU Quito é produto de um conjunto de fatores: preparação física, tática refinada, aproveitamento de oportunidades e, sim, a altitude como circunstância adicional. Portanto, ao analisar o confronto, devemos reconhecer a complexidade inerente ao futebol, onde múltiplas variáveis interagem para determinar o resultado final.
Bruna costa
novembro 7, 2025 AT 18:03Entendo a frustração dos torcedores palmeirenses; é doloroso ver o time sofrer em condições tão adversas. A falta de aclimatação pode realmente comprometer o desempenho, especialmente nos momentos decisivos. Espero que a equipe encontre motivação para reverter o placar na volta.
Luciana Barros
novembro 10, 2025 AT 01:37A análise sobre a necessidade de adaptação fisiológica está correta e bem fundamentada. A estratégia de treinos em altitude pode ser decisiva para o próximo confronto.
Renato Mendes
novembro 12, 2025 AT 09:10Com certeza! Já vi times que chegam dias antes e já chegam bem mais preparados. O Palmeiras tem capacidade, só precisa ajustar o ritmo e colocar a bola onde for preciso.
Priscila Galles
novembro 14, 2025 AT 16:43Olha, na real, tem um estudo da USP que mostra que treinos de hipoxia 2x por semana já ajudam bastante. Se quiser, dá uma olhada no site deles que tem material gratuito pra download.
Michele Hungria
novembro 17, 2025 AT 00:17É evidente que a derrota decorre da falta de planejamento estratégico por parte da comissão técnica. A arrogância de acreditar que a altitude pode ser superada sem preparação adequada revela um comprometimento lamentável. Tal postura reflete-se diretamente na performance dos atletas em campo.
Glauce Rodriguez
novembro 19, 2025 AT 07:50Não se engane ao menosprezar o LDU Quito como mero beneficiário da altitude; trata‑se de um clube que representa a dignidade e a força de um povo que luta contra as imposições externas. A superioridade táctica e o espírito de luta demonstrados dignificam nossa nação e reforçam o respeito que o futebol sul‑americano deve ter por equipes que verdadeiramente dominam seus terrenos.
Priscila Araujo
novembro 21, 2025 AT 15:23Mesmo diante de um placar desfavorável, a esperança ainda é a maior aliada do Palmeiras. Cada desafio superado fortalece a equipe e traz lições valiosas para a partida de volta. Continuaremos apoiando o time com fé e energia positiva.
Ana Carolina Oliveira
novembro 23, 2025 AT 22:57É isso aí! Vamos manter a vibração alta e acreditar que a virada é possível. A energia da torcida vai fazer a diferença no Allianz!
Bianca Alves
novembro 26, 2025 AT 06:30Interessante, mas não é novidade.
Carlos Eduardo
novembro 28, 2025 AT 14:03É lamentável observar que certos episódios do futebol se repetem como sombras que jamais desaparecem, lembrando‑nos da inevitável melancolia que acompanha a história esportiva.
Murilo Deza
novembro 30, 2025 AT 21:37Realmente...; porém, devemos considerar; que cada detalhe conta; e que a análise precisa ser aprofundada; antes de concluir qualquer julgamento final.